27 fevereiro 2012

Fanfics #11 - TEARDROPS ON MY GUITAR CAPITULO II

Postado por Luisa Ortega às segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Olá leitores queridos; como estão?
Espero que todos estejam bem.

Como foram de carnaval???

Hoje, tenho mais um capítulo do conto da última postagem da minha coluna, Teardrops on My Guitar.
Antes de irmos para os finalmentes, quero agradecer o carinho de todos que tiram um tempo para ler meus contos e também agradecer os comentários. Apesar de não responder um por um, tenham certeza que eu leio todos, de verdade.

Agradeço de coração pelos elogios quanto a minha escrita e quanto os contos. Se quiserem criticar também, estejam a vontade.

Mas chega de falar, vamos ao que interessa.
Beijos a todos

Luisa

TEARDROPS ON MY GUITAR
CAPITULO II





Bruno era, até certo ponto, óbvio. Assim que me joguei em minha cama naquela noite, eu soube que ele nunca mais se disporia a me levar até em casa; e infelizmente eu estava certa. O que eu não esperava, no entanto, era uma mudança extrema de atitude dele. Se eu achava que Bruno era completamente distante de mim, apesar de seu carisma, eu não havia visto nada ainda. O Bruno que me deu aula na semana seguinte era completamente diferente daquele que me levara até minha casa.

-Você não estudou essa semana, estudou? – ele perguntou, sem sequer me olhar quando eu errei pela quarta vez o exercício. Como eu gostaria de ter acertado o exercício, se isso o fizesse abrir um sorriso; já estava nos minutos finais da aula, e nem sequer um vestígio dele eu havia visto. O tom de voz que ele usava comigo piorava a situação; parecia que ele estava bravo com algo... Comigo.

Mentalmente revisei aqueles quarenta e cinco minutos, buscando em minhas palavras algo que o deixasse daquele jeito. Nada! Seria algo da semana anterior, no carro? Impossível! Aquele último sorriso que ele me deu era o suficiente para exterminar qualquer idéia de alguma palavra errada naquela noite. O que teria acontecido com ele?

-Bem na hora. – disse, olhando seu relógio. Ele estava com pressa de me dispensar? Queria ele se livrar de mim? E por que essas idéias estavam na minha mente? Ele sempre fora assim comigo, sempre fora distante, não fora? Sim, mas ele estava tão mais distante. – Por favor, estude essa semana. – e o tom de voz dele provou o que eu já tinha certeza: algo estava errado. Eu o olhei não acreditando no que estava acontecendo e o peguei me fitando. Ao perceber meu olhar, Bruno desviou seus olhos pra longe de mim.

-Aconteceu alguma coisa? – eu perguntei depois da nossa breve troca de olhares, enquanto terminava de guardar meu material. Ele não respondeu; mesmo sem olhá-lo, eu conseguia sentir sua impaciência. Em silêncio, acelerei e terminei de guardar minhas coisas; não o prenderia comigo se era isso que o estava incomodando.

Bruno me acompanhou até o hall de entrada, como de costume, mas sem dizer uma palavra sequer. Só abriu a boca novamente quando chegamos ao nosso destino, e apenas para se despedir.
-Tchau – ele disse, dando um beijo de despedida no meu rosto o mais distante possível, apenas por educação; nem sequer o costumeiro “Até semana que vem” eu escutei. Bruno realmente estava bravo comigo.

Sem sequer escutar minha resposta a sua despedida, ele deu-me as costas e se direcionou para os fundos, onde era a sala dos professores. Suspirei triste. Se antes ele era inalcançável... Nem queria imaginar no que ele havia se tornado. Sem esperanças, me dirigi para o portão de entrada.

-Alana. – eu escutei. Meu coração deu uma palpitação. Seria ele? Mais do que rápido eu me virei, a fim de descobrir quem me chamava: Renan. Por que ele tinha que ter a voz tão parecida com a de Bruno? Era castigo dos céus; com certeza o destino fizera isso apenas para me atormentar. – Já está indo embora?
-Estou sim. – fui direta – Tchau. – despedi-me dele com um beijo no rosto e virei às costas, a fim de seguir meu caminho de volta para casa.

-Posso te acompanhar? – o loiro perguntou, apressando o passo para ficar ao meu lado. Como eu gostaria que ele me deixasse sozinha... No entanto eu não sabia como dizer isso a ele sem parecer mal-educada. Acabei aceitando sua companhia depois que vi um enorme sorriso aberto em seu rosto. Pelo menos alguém sorria para mim.

Enquanto andávamos, ele perguntou até onde eu iria; ao que parecia, ele fazia o mesmo caminho que eu, só que de carro. A casa dele não ficava longe da minha, o que explicava o percurso similar.

-Você parece um pouco triste. Aconteceu alguma coisa? – era incrível como Renan conseguia enxergar através do meu sorriso, através de mim.

-Nada demais, apenas azar no amor. – o que eu poderia dizer? Era quase como se Renan lesse meus pensamentos, eu nunca conseguiria mentir para ele.

-Pensa pelo lado bom, você vai ser milionária se jogar.

~~*

Os dias custaram a passar entre uma quinta feira e outra. No sábado, eu já estava enlouquecendo, implorando para que o tão esperado dia chegasse. Eu precisava ver o Bruno de novo, precisava daquele sorriso, o qual ele escondera de mim. Eu tocava meu violão, lembrando dele em todos os acordes que tocava. Bruno estava em todas as músicas; todas as letras pareciam ser escritas para nós dois.

Desiludida, guardei meu violão, já era tarde e logo meus vizinhos reclamariam. Não que eu realmente me importasse com o que eles diriam, o violão me dava a sensação de estar mais próximo de Bruno, e isso valia qualquer reclamação dos vizinhos; no entanto, não compensava as broncas de minha mãe.

Joguei-me em minha cama, pensativa. Tentava me lembrar desde quando estava apaixonada por Bruno, quando fora a primeira vez que ele tirara meu sono. Minha mente corria atrás de informações, e aos poucos eu me lembrava dos breves momentos que eu passara com ele.

Para Bruno, os rotineiros quarenta e cinco minutos deveriam ser apenas uma obrigação, o trabalho dele, enquanto para mim, eram os quarenta e cinco minutos mais importantes da minha semana. Como eu gostaria que esses quarenta e cinco minutos se estendessem para a semana inteira e ele fosse meu por completo. Não seria apenas Bruno, meu professor, mas sim, Bruno, meu amigo, meu companheiro, meu namorado, meu amor.

De olhos fechados, imaginava o dia em que eu finalmente chamaria sua atenção e ele se apaixonaria por mim; não parecia algo impossível, parecia tão natural, tão real. Mas a razão me acordou de meus devaneios, alertando-me para não sonhar demais, não acreditar demais em algo que nunca aconteceria.

~~*

-Então quer dizer que a senhorita andou treinando? – ele disse seco e sarcástico. Eu odiava profundamente o jeito com que ele estava me tratando, mas não conseguia odiá-lo de verdade pelo simples fato de saber que algo estava errado. Eu o olhei desafiadora, queria ter certeza que ele conseguiria falar assim comigo olhando-me nos olhos. Assim que nossos olhares se cruzaram, ele se levantou. – Eu vou pegar a cifra da música que você pediu e já volto. – e saiu.

Sozinha na sala, eu respirei fundo, tentando não chorar. Não, eu tinha que me mostrar mais forte do que isso. Se ele queria me tratar mal, que ele me tratasse mal, mas eu continuaria sendo a mesma com ele, e não o deixaria saber o quanto estava chateada com seus modos.

-Oi, tudo bem? – aquela doce voz penetrou pelos meus ouvidos, jogando para longe meus pensamentos. Surpresa, olhei em direção da porta: Renan, sempre Renan. Como eu gostaria que Bruno me tratasse do mesmo jeito que Renan sempre me tratou. – Posso entrar? – ele tinha um sorriso enorme e caloroso em seu rosto, como se estivesse feliz por me ver.

-Claro!

-Onde está o Bruno? – ele perguntou após entrar na sala, percebendo que eu estava sozinha.

-Foi pegar a cifra de uma música.

-Hmm... Eu estou de carro hoje, quer carona? – ele perguntou, fitando-me.

-Renan... – eu escutei. Era a mesma voz daquele que tinha me oferecido carona, mas aquele nome não havia saído do próprio. Olhando em direção da porta, vi Bruno com uma folha de papel na mão e um olhar que eu não consegui reconhecer. Nunca havia visto antes em nenhuma de suas expressões. – Você está atrapalhando minha aula, de novo! – o tom de voz de Bruno era de quem estava brincando, mas algo dentro de mim me dizia que ele estava bravo. O loiro pediu desculpas e se retirou me olhando com um sorriso. – É essa a música? – Bruno perguntou após se sentar a minha frente, mostrando-me o papel. Dei uma rápida olhada na letra e confirmei que era a certa. Só então percebi que no dedo de Bruno a aliança que eu tanto odiava e que havia desaparecido por tempos, voltara para me atormentar. – O que foi? – provavelmente o choque foi tão grande que ele percebeu minha expressão.

-Nada. Podemos continuar. – minha voz falhou, mas ele não perguntou mais nada, continuando a aula normalmente. Ele me mostrava os acordes da música, mas eu apenas prestava atenção naquele anel prateado brilhando em seu dedo. Ele me ensinava o ritmo da música, mas o ritmo do meu coração era mais forte; ele estava desesperado. – Eu não consigo.

-Consegue sim, apenas se concentra. – ele disse, abrindo um pequeno sorriso, com o tom de voz mais doce que ele usou comigo desde que começara a me tratar de forma indiferente. Será que... Não, não era possível. Respirei fundo, eu iria acertar daquela vez, não importava como, se acertando, ele mantivesse aquele sorriso direcionado a mim. – Posso? – perguntou, referindo-se ao rádio, o qual eu acompanharia tocando a música.


Here's the story of a girl
Living in a lonely world
A hidden note, a secret crush
Alittle boy who talks too much
Well I'm standing in the crowd
And when you smile I check you out
But you don't even know my name
You're too busy playin' games
And I want you to know
If you lose your way I won't let you go
If I cut my hair, if I change my clothes will you notice me
If I bite my lip, if I say hello will you notice me
What's it gonna take for you to see
To get you to notice me

-Muito bom. – ao pausar a música, ele disse. – Viu como você consegue? Só precisa se concentrar. – ele então abriu um sorriso um pouco maior, fazendo com que as borboletas em meu estômago entrarem em pânico. Por impulso sorri em retribuição, e o fitei assim. Não conseguia desviar o olhar daquele sorriso; e percebi que ele também não conseguia desviar o olhar de mim. Meu coração começou a bater mais rápido, minha respiração começou a falhar; não era um sonho, era realidade. Realidade que não durou muito, pois logo a expressão em seu rosto mudou. Em silêncio, ele pegou seu celular de dentro de sua mala e o olhou por alguns instantes. – Já está no horário, continuamos na próxima.

Caindo dos céus de volta a terra eu percebi que nada mudara, ele ainda era inalcançável, agora numa versão mais fria do que o que eu conhecera e me apaixonara. Quieta, guardei meu material e segui com ele para o hall de entrada, onde ele se despediu de mim com o mesmo beijo apenas-por-educação no rosto da semana anterior e depois deus as costas.

A princípio eu me virei também, desolada, mas então decidi perguntar o que havia de errado com ele por estar agindo daquele jeito comigo. Ao me virar em sua direção, o vi beijando uma garota loira. Assim como seu sorriso, sua voz, seu olhar, assim como tudo nele, aquela cena também prendeu meu olhar.
Quando Bruno soltou-se dela e abriu seus olhos, seu olhar estava em direção a mim. Ele me reconheceu e percebeu que eu o olhava; a mudança de sua expressão foi clara o suficiente para me mostrar isso. Ele parecia surpreso de me ver olhando-o. A dor que eu sentia, no entanto, não me permitiu olhá-lo por nem mais um segundo. Virando-me de costas, sai correndo da escola, prendendo o choro ao máximo.

Não corri até muito longe de lá, porém. Cansada, sem ar e completamente sem chão, acabei me agachando no meio da calçada e chorando ali mesmo.

-Alana? – por que sempre que eu queria ficar sozinha, alguém insistia em querer ficar ao meu lado. Contra minha vontade, olhei para cima, a fim de reconhecer quem me encontrara. Renan! – O que você tem? – o loiro se agachou ao meu lado e eu não consegui evitar em aconchegar minha cabeça em seu peito. Carinhoso, ele passou o braço pelo meu ombro e com a mão livre, acariciou minha cabeça. – Está tudo bem agora. Eu estou aqui com você!

~~*

[@xlloops]
Luisa Lopes 

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SORTEIO:

08/03/2012 ÀS 12H30.

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