07 fevereiro 2012

Fanfics #10- TEARDROPS ON MY GUITAR [ Capitulo I]

Postado por Luisa Ortega às terça-feira, fevereiro 07, 2012
Oi queridos,
Bom, sei que estava postando a série Estrelas Cadentes, mas não tenho nenhuma novidade por enquanto, então hoje trago o primeiro capítulo de  uma outra história. Espero que vocês gostem. O nome é Teardrops on My Guitar.

Boa leitura a todos.
Luisa


TEARDROPS ON MY GUITAR

CAPITULO I

-Já deu o horário? – ele perguntou enquanto eu sofria para acertar o exercício que ele havia me passado. Em silêncio, pedi que não: quarenta e cinco minutos era pouco tempo, mas era tudo o que eu tinha, uma vez por semana, e eu não queria que esse tempo mínimo acabasse – Já passamos do horário, de novo – e lá vinha mais uma semana de angústia antes que eu o visse novamente. Era incrível como a semana demorava a passar, e justo o dia que eu tinha para vê-lo passava voando.

Triste, eu arrumei meu material em silêncio, mas com um pequeno sorriso no rosto; já fazia quase dez meses que eu estava naquela situação, mas em hipótese alguma eu o deixaria saber o que eu sentia, afinal, além de ser meu professor, ele era quase dez anos mais velho. Não que eu realmente me importasse com a idade dele; esses anos a mais não fizeram mal algum a ele; na verdade, ele sequer aparentava a idade. Eu diria que ele tinha no máximo cinco anos a mais do que eu apenas. Quem dera! Talvez assim ele olhasse pra mim do jeito que eu o via.

-Quer ajuda? – ele se ofereceu vendo-me carregar todos os livros que eu trazia da escola. “Só se você me levar até em casa”, eu pensei, enrubescendo mais do que já ficava normalmente com a presença dele. Bruno era muito educado comigo, mas eu nunca sabia como agir diante de tanta preocupação, principalmente quando ele abria aquele sorriso no qual eu estava tão viciada.

Ele me acompanhou até a porta da escola, contando mais um dos casos que eu tanto gostava de ouvir. Bruno sabia como me fazer rir. Ele falava e eu apenas fingia que realmente escutava o que ele dizia; as primeiras palavras dele entraram no meu cérebro de um jeito que praticamente me dopou, proibindo-me de entender as seguintes. A voz dele tinha esse efeito sobre mim. Bruno era como uma droga.

-Até semana que vem? – perguntou ele, devolvendo-me meu material, quando chegamos ao hall de entrada. Se dependesse de mim, ele nunca faria tal pergunta, pois eu não ficaria tanto tempo assim longe dele. Mas para ele, eu era apenas uma aluna de violão, só mais uma entre tantas.

~~*

Durante as horas que eu perdia pensando no quanto o sorriso dele era encantador, nunca sequer passara pela minha cabeça ser correspondida por Bruno. Para mim, a idade não fazia diferença; os anos de diferença entre nós dois não foram o suficiente para impedir-me de me apaixonar, apenas geravam um leque maior de assuntos entre nós dois.

No entanto, ele me via apenas como uma criança, alguém por quem seria errado sentir algo; não importava quão madura eu aparentasse ser, nada mudaria a idéia que ele tinha de mim. Nem o fato de meus dezoito anos estarem próximos, nada mudou o olhar que ele direcionava a mim.

Deitada na cama, rolando de um lado para o outro por não conseguir dormir, eu tentava me conformar com o fato que era mais do que óbvio: ele era inalcançável. Não importava o que eu fizesse, nem mesmo meu olhar que tantos tinham medo de tão sedutor seria capaz de trazê-lo para mim.

~~*

A aliança no dedo de Bruno me traumatizava. Toda aula, eu chegava confiante, crente que aquele seria o dia em que ele finalmente me notaria, e toda a minha confiança era nocauteada pelo pequeno anel prateado em seu dedo.

No começo meu coração congelava toda vez que eu via aquela coisa tão pequena, mas aos poucos, eu entendi que ele seria eternamente meu amor platônico, e fazia parte da essência desse amor o sofrimento.

À noite, eu suspirava, idolatrava e até me declarava, mas apenas em sonho. Diante de seus olhos, eu guardava todos os meus sentimentos por dentro, prendia todo e qualquer suspiro, minhas palavras eram as mais frias o possível, desvia meu olhar para qualquer lugar que não fosse ele. Era difícil, mas conforme o tempo passava, fui ficando mais forte.

Força que não me impediu, no entanto, de começar a imaginar coisas quando ele, pela quarta semana seguinte, apareceu na aula sem a maldita aliança. Teria ele terminado? Ele nunca apresentou nenhum sinal de insatisfação com o relacionamento que tinha; na verdade, ele nem sequer falava de sua namorada e eu não tinha coragem alguma de perguntar sobre ela.

Ao vê-lo novamente sem a aliança, eu até pensei em perguntar se eles teriam terminado, mas minha reação diante das duas possíveis respostas entregaria de mão beijada meus verdadeiros sentimentos.

Deixei, portanto, por conta da minha imaginação. De qualquer jeito, estando ele solteiro ou comprometido, eu não teria chance alguma com Bruno.

~~*

Renan era loiro... e lindo. Exatamente o oposto de Bruno. Enquanto um tinha os cabelos da cor do sol e os olhos, cor do mar, o outro era moreno de olhos cor de mel. A única coisa em comum entre os dois, além de ser alvo da minha adoração, era o tom de pele. Ambos eram um pouco mais claros do que eu, o que tornava as coisas mais fáceis para mim, pois eu tinha a cor do pecado para seduzi-los.

Eu observava os dois de onde estava; era impossível não enxergá-los, afinal eles estavam no palco, um ao lado do outro, como se me forçando a compará-los. E não havia uma comparação possível entre os dois. A competição era desequilibrada, chegando a ser injusta. De fato, os dois eram bonitos, mas de formas diferentes. E mesmo que Renan fosse mil vezes mais bonito, meus olhos ainda preferiam Bruno. No entanto, quem sentara ao meu lado quando terminara sua parte do ensaio foi Renan.

Ele era mais acessível, mais bonito, mais presente, mais brincalhão, o mais perfeito príncipe encantado que toda garota adolescente sonha, mas ainda sim, era mais ignorado pelo meu coração.

O loiro era colega de trabalho de Bruno, também era professor, mas eu tive a sorte, ou o azar, de ter como professor o tal senhor Bruno, que tão claramente indicava a enorme lacuna que existia entre nós enquanto Renan conversava comigo sempre que podia sobre tudo que existia.

Não que Bruno me tratasse mal, ou ignorasse minha presença; ele sempre fora muito atencioso e preocupado comigo, no entanto, ele não se rendia aos meus encantos. Tanto que me surpreendeu quando ele correu atrás de mim, oferecendo-se para me levar até em casa de carro.

Meu rosto enrubesceu na hora e eu não sabia o que falar, não sabia como agir. Sem qualquer reação, aceitei; meu corpo, contudo, não respondeu a nenhum outro comando meu. Fiquei travada no lugar em que ele me pediu para esperá-lo enquanto pegava suas coisas.

Enquanto eu o esperava, desesperada por dentro e radiante por fora, Renan passou por mim, despedindo-se dos demais. Ao chegar minha vez, ele me deu um terno abraço. No estado de êxtase que estava, nem percebi a aproximação dele, ou sequer senti o abraço. Apenas acordei desse transe quando escutei a voz de Bruno novamente.

-Atrapalho alguma coisa? – só então percebi que estava entre os braços do loiro. Minha expressão anterior, de extrema felicidade, se tornou em uma de espanto congelada. Eu não sabia o que dizer e aparentemente nem Renan. Em silêncio, ele soltou os braços e, com um sussurro, ele se despediu do colega, afastando-se de nós em direção a rua. Não consegui olhar para Bruno, meu rosto ardia de vergonha; não que antes eu fosse capaz, era difícil olhá-lo sem ficar vermelha, mas naquele momento era impossível. Eu queria desaparecer, não agüentaria ficar ali por nem mais um instante. Bruno provavelmente percebeu meu desconforto e agiu como se não tivesse visto nada, como se nada tivesse ocorrido, o que me fez pensar que realmente ele era inalcançável. Nada que vinha de mim o afetava – Podemos ir? – ele perguntou indicando o caminho.

Quieta, eu o segui. Não sabia como quebrar o silêncio, parecia que o enorme vazio que existia entre a gente aumentara em poucos instantes. Por que Renan me abraçara justo naquele dia? Enquanto caminhava em direção ao carro, temi que o clima continuasse o mesmo durante todo o caminho até minha casa, ele nunca mais se disponibilizaria para me levar até em casa se assim o fosse.

Meu temor, no entanto, para minha felicidade, não se realizou. Assim que entramos no carro, ele abriu o meu sorriso preferido e conversamos durante todo o percurso. De fato, a princípio, meu corpo foi tomado pela covardia e pela timidez, eu respondia com relutância interna aos assuntos que ele propunha, mas aos poucos minha mente se extasiou e eu me senti mais aberta para tal conversa.

Era tão fácil conversar com ele. Eu sempre fora uma pessoa de poucas palavras e ele me entendia sem que eu precisasse usar todas elas. Era impossível que ele não percebesse a nossa conexão, eu não era mais uma garotinha cega pela paixão que enxergava apenas o que queria e via em tudo uma demonstração de amor de seu amado. Não, eu já era grande o suficiente para saber como exatamente as coisas aconteciam. Mas ainda sim, não havia como ele não perceber que nos dávamos bem o suficiente para tentarmos, independente da idade.

Estávamos perto da minha casa já quando ele perguntou sobre o tema que eu tanto temia que virasse assunto de nossa conversa.

-Você gosta bastante do Renan, não? – eu tentei encontrar uma ponta que fosse de ciúmes na voz dele, mas não havia nada além da indiferença.

-Gosto sim, ele é bem legal. – eu não sabia o que responder; até pensara em responder algo diferente para tentar provocar ciúmes, mas eu tinha consciência que o feitiço poderia virar contra o feiticeiro e tudo dar errado.
Eu esperei uma pergunta dele sobre o abraço, mas ele ficou calado após minha resposta. Quando ele fez menção de falar alguma outra coisa, já estávamos em frente a minha casa. Envergonhada, como sempre, eu o agradeci pela carona já de fora do carro com meu violão nas costas.

Bruno abriu seu maravilhoso sorriso, como se nada tivesse ocorrido e disse que me esperava na semana seguinte, pedindo que eu não me esquecesse da aula. Mal sabia ele, porém, que ele era razão o suficiente para que eu nunca perdesse um minuto sequer.

~~*





POST SURPRESA!!!!


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SORTEIO:


 14/02/2012 ÀS 12H30.

2 comentários:

Bia Carvalho disse...

Menina, você escreve bem.
Daqui a pouco tá na hora de começar a pensar em transformar suas fics em livro. O que acha?
Siga o exemplo da Babi Dewet que hoje é um sucesso!

Já estou seguindo por aqui. Quando tiver um tempinho, me faz uma visita?
www.amormisterioesangue.com

AneReis disse...

Oie flor =D você escreve muito bem, parabéns!!! Pode vir a ser uma autora de sucesso heim #ficaadica rs...

bjus amiga

anereis.

mydearlibrary | bookreviews • music • culture
@mydearlibrary

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